quinta-feira, 5 de março de 2009

Sobre a Morte!


Vi um site onde o interessado pode ver o "provável" dia de seu óbito, mediante algumas poucas informações:
Clique no link O dia da sua morte para fazer o teste.

É claro que é uma brincadeira (será?), mas é interessante...

Cada civilização tem sua idéia de morte: algumas creem na reencarnação e acham que é algo bom... outras também creem, mas como algo ruim... algumas creem em céu (paraíso) e inferno, outras creem que morreu, acabou! Você simplesmente deixa de existir... Alguns povos antigos acreditavam na existência de um barqueiro que vinha buscar as almas para a grande travessia. Há os que acreditam na Dama com a Foice, outros creem no Anjo da Morte... e por aí vai!

A verdade é que, cada um de nós só vai descobrir o que realmente acontece após a morte quando chegar a nossa hora...

Quando era criança, morria de medo de morrer... já perdi preciosas horas de sono pensando nisso!
Hoje já penso diferente! Vejo a morte como algo bom, um merecido descanso para o corpo. Eu creio na existência do paraíso... Um lugar de descanso eterno, na presença de Deus, sem choro, sem dor...

Há cerca de um ano, um tio meu faleceu. O enterro foi comovente: a família reunida, minhas tias e minha mãe chorando a perda de um irmão, meus primos e primas sentindo a dor de perder um tio que era muito bom e querido!

Acho que não há lugar mais triste do que um cemitério! Quantos sonhos estão enterrados ali! Quantos anseios e desejos não tiveram tempo de ser realizados! Foram arrastados para as profundezas das covas... Quantas famílias desmanchadas, dilaceradas pela perda de um ente querido! Quanta coisa inacabada...

Então me lembrei de um tio que faleceu por volta de 1992, de câncer. Entre a descoberta do câncer e o óbito dele se passaram 3 longos e dolorosos meses. Quando ele faleceu, a família toda, entre choros e soluços, falava a mesma coisa: "Pelo menos ele descansou!", tamanha dor e sofrimento causados pela doença mais injusta que conheço.

Percebi que tudo está relacionado com o que cremos, como vemos a morte. Henriqueta Lisboa, no livro Flor da Morte (que por sinal eu ADORO!) descreve um velório de uma forma bem poética: "Nada mais belo que uma pálida criança adormecida entre flores!"

Há quem ache isso bem macabro, mas eu acho lindo! Uma forma de ver a morte como algo belo, sublime...

Se aquela pessoa falecida está no céu, no inferno, no purgatório ou nos campos elíseos, sinceramente ninguém tem como saber... Depende do que acreditamos. Mas temos a tendência de exercer a ESPERANÇA, crendo que o melhor ainda está por vir!!!

Pra quem fica, o jeito é reorganizar a vida, firmar as estruturas e prosseguir, afinal, a morte ainda é a única certeza que temos: todos morreremos um dia!

Portanto, é importante procurar viver o melhor possível para que, quando chegar nossa hora de enfrentar a morte, morramos felizes e realizados! Ah, e pedir a Deus que tenhamos uma morte tranquila.


BEM-AVENTURADOS OS QUE MORREM DORMINDO...


That's all!

Amar... amar... amar...

A Bíblia está cheia de instruções sobre o amor: "Ame a Deus sobre todas as coisas", "Ame ao próximo como a si mesmo"... I Coríntios 13 está repleto de instruções sobre o amor...I João 4:7-8 também (e essa passagem tem até uma musiquinha no "meio evangélico").

Se perguntarmos a qualquer um que lê Bíblia, ou que teve uma educação cristã (católico, evangélico, protestante e afins...): "O que a Bíblia ensina sobre amor?" as respostas, muito provavelmente, serão embasadas nas muitas passagens descritas no livro sagrado.

Contudo, se verificarmos QUANTOS praticam o que sabem sobre o amor... aí a história muda, e muda drasticamente!

Amar ao próximo como a si mesmo implica, além de amar a si, desejar ao próximo o que se deseja pra si, querer bem ao próximo, custe o que custar (a você, é claro!).

Uma ótima forma de mostrar que você se importa com o outro é servir (aqui no sentido mais amplo da palavra). Servir a pessoa a quem se ama é uma expressão sublime de amor. Jesus foi servo: de Deus e de homens e mulheres de sua época, inclusive de seus discípulos. Isso é claro nas Escrituras. Serviu tão completamente que se entregou por todos nós: pelos que creem e os que não creem, pelos judeus e gregos, pelos senhores e servos, pelos que já vivem e pelos que ainda hão de nascer...

Nossa mente limitada não é capaz de imaginar a dor de Deus ao ver Seu único filho morrer no madeiro, como um maldito, sofrer horrores na própria pele... e tudo isso pra conceder um caminho, uma oportunidade capaz de salvar da morte eterna a TODOS quantos crerem. Muitos não acreditaram em Jesus, e muitos ainda não acreditam.

O fato é que quem ama, assim tão completamente, é capaz de se doar...

Contudo, há um sistema capitalista extremamente individualista e nossa sociedade está inserida neste sistema: as pessoas querem ter mais, para gastar mais... e pensam no próximo cada vez menos...

O problema maior é perceber que este sistema já entrou, há muito, nas igrejas...
Tenho conhecimento de igrejas com mais de 20 mil membros, onde um "pastor" chega a ganhar R$20.000,00 (quase um real por membro), enquanto há membros que passam fome... "líderes" de igrejas que andam de Mercedes, enquanto há membros que voltam a pé pra casa, andam distâncias absurdas por não terem dinheiro para pagar um ônibus...

Histórias, como a que relatarei a seguir, me doem o coração:

Certa vez, um determinado pastor (eu o conheço e ouvi isso dele...) recebeu a visita de uma irmã da igreja. Ela passava por muita necessidade e precisava pagar contas de água e luz (se bem me lembro) e, se não o fizesse, os serviços seriam cortados. Ela pediu que a igreja pagasse as contas pra ela naquele mês. O pastor disse a ela que conversaria com o responsável pelo departamento financeiro (que aqui chamarei de "Robert") e veria se seria possível fazê-lo.
Ao conversar com o Robert, a PRIMEIRA pergunta que esse pastor fez foi: ELA TEM DIZIMADO? Após verificar os registros, o Robert respondeu que não! Ela não dizimava.
O pastor relutou e disse: "Desta vez nós ajudaremos, mas se ela continuar não dizimando, não ajudaremos novamente!" (O pior foi ouvi-lo contando essa história, cheio de "razão" e dizendo coisas do tipo: "Pôxa! Ela nem dizimava e queria que a igreja a ajudasse! Aí não dá...")

Enfim, a igreja tem poucos "templos", digamos, e o pastor saiu daquele "templo" e foi transferido para outro. O que ficou no lugar dele contou, algum tempo depois, que a irmã pedira ajuda novamente e que continuou não dizimando. Ao informar a situação ao tal pastor, a resposta foi: "Olha, agora você é o pastor e você decide. Se fosse comigo, eu não pagaria..." Não sei dizer se o outro pastor pagou...

Não sei o que é pior: lembrar do fato ocorrido ou lembrar da expressão do pastor contando isso, como se ELE estivesse certo... ONDE ESTÁ O AMOR AO PRÓXIMO?


Não estou dizendo aqui que devemos DAR TUDO aos outros, que devemos doar todo o nosso salário para os famintos na África, ou para bancar todas as cestas básicas que a igreja precisa comprar. Não! O que estou dizendo é que, se realmente amamos ao próximo, seremos capazes de compartilhar com ele tudo o que for NECESSÁRIO para ele, dentro de nossas possibilidades...

Pequenas atitudes fazem toda a diferença:
- Dê carona a alguém depois do culto, ou do trabalho, até a casa dele(a);
- Compre uma cesta básica para uma família que você sabe que passa por necessidade;
- Tem acampamento da igreja e você tem um amigo que quer ir mas não tem como pagar? Pague pra ele. Se você não puder pagar pra ele, tente ajudá-lo a conseguir o dinheiro;
- Alguém passa na porta de sua casa, na hora do almoço, pedindo dinheiro pra comer? Dê um prato de comida pra ele(a);
- Tem um amigo que precisa desabafar? Escute!
- Faça, regularmente, uma "limpeza" no seu guarda-roupas e doe o que você não usa mais;
- Seu vizinho passou mal à noite e precisa ir ao médico? Você tem carro? Então leve-o ao médico, ainda que seja de madrugada e você tenha que acordar cedo pra ir trabalhar;
- Alguém que você conhece passou por uma cirurgia recentemente e mora sozinho(a)? Se ofereça para arrumar a casa, fazer comida, ainda que por apenas um dia;
- Algum conhecido seu precisa de ajuda para bater a lage na casa dele? Então ajude sem cobrar nada por isso;
- Alguém está internado(a)? Faça visita! (Isso aconteceu comigo. Fiquei internada por nove dias e foi muito bom receber visitas de meus amigos e familiares. Me senti muito bem com isso!)


SEJA SERVO!!!


Uma pessoa me disse que, certa vez, se sentiu "impelida" a dar uma oferta a um casal da igreja dela. Apenas o marido fora ao culto naquela noite. Ela não sabia a situação pela qual eles passavam, mas entendeu que deveria fazer aquilo. Foi para o corredor da igreja, separou cerca de R$30,00 (era o que ela podia dar naquele momento) e, para surpresa dela, o rapaz em questão passava pelo corredor. Ela o chamou e disse: "Senti no coração que deveria dar isso a você e sua esposa. Não é muito, mas é sincero". Então ela me contou que os olhos dele se encheram de lágrimas, ele a agradeceu e, no dia seguinte, a esposa dele também agradeceu. Ela me contou que "Não há dinheiro no mundo que pague a sensação que tive ao dar uma oferta a eles. Não há nada que se compare à gratidão dele, ao receber aquela oferta" (palavras dela).

Um gesto simples pode fazer toda a diferença.

Amar só de palavras não traz nenhum benefício, a ninguém.
Amar de verdade e de FATO e exteriorizar esse amor ao próximo, através de pequenos gestos, servindo, pode transformar vidas!

Isso é AMAR ao próximo...

domingo, 1 de março de 2009

Uma fábula...

Certo dia, em um determinado livro que lia (como tenho costume...), deparei-me com a seguinte fábula de La Fontaine, intitulada O corvo e a raposa:


"Estava o corvo pousado em uma árvore, com um queijo no bico.
A raposa, pelo cheiro atraída, aproximou-se e disse-lhe em tom lisonjeiro:

- Olá! Belo dia, meu caro senhor corvo! Como o senhor é belo!
Como são lindas suas penas, e como brilham!
Sem mentir, se o senhor tiver a voz maviosa na proporção da grande beleza da plumagem, certamente é a fénix dos habitantes desta floresta!

O corvo, ao ouvir a lisonja, não coube em si de tanta vaidade. E, para mostrar a sua magnífica voz que então julgou possuir, abriu o grande bico e deixou que o queijo escapasse e caísse no chão.

A raposa apanhou-o sem perder tempo e disse à ave vaidosa:

- Meu bom senhor, aprenda que todo bajulador vive às custas daquele que o escuta e dá crédito. Esta lição tão proveitosa vale bem um queijo, sem dúvida!

O pobre corvo, envergonhado e confuso, jurou, embora tarde, que nunca mais seria apanhado pela habilidade dos bajuladores."



Bem... acho que a fábula já fala tudo! Sigamos a lição dada pela raposa!